Por que a esfoliação em excesso pode piorar a pele?
- Isadora C donato
- 7 de nov.
- 2 min de leitura

A esfoliação é um dos passos mais comentados nos cuidados com a pele. Ela remove células mortas e pode deixar o rosto e o corpo com aparência mais luminosa e lisa. Porém, o que muitos esquecem é que “mais” não significa “melhor” e o excesso pode causar o efeito oposto: inflamação, sensibilidade e até acne.
O papel da barreira cutânea:
A camada córnea, parte mais externa da pele, é formada por células mortas (corneócitos) unidas por lipídios. Ela atua como um escudo protetor, evitando a perda de água e impedindo a entrada de micro-organismos e substâncias irritantes. Quando a esfoliação é feita com muita frequência ,especialmente com produtos abrasivos ou ácidos potentes, essa barreira é danificada. O resultado é um aumento da perda transepidérmica de água (TEWL), sensação de ardor, vermelhidão e descamação.
O mito da pele “grossa” e da limpeza intensa
É comum ouvir que “quem tem pele oleosa precisa esfoliar todo dia” ou que “a pele acostuma”. Nenhuma dessas afirmações tem respaldo científico.Segundo as diretrizes da American Academy of Dermatology (AAD), peles oleosas devem ser tratadas com ativos reguladores de sebo e anti-inflamatórios, como ácido salicílico ou niacinamida e não com esfoliação diária, que pode estimular o efeito rebote, aumentando a produção de óleo.
Tipos de esfoliantes:
Físicos: contêm partículas (como microesferas, sementes trituradas ou argilas). Devem ser suaves, e o uso não deve ultrapassar 1 vez por semana.
Químicos: incluem alfa-hidroxiácidos (como ácido glicólico, lático) e beta-hidroxiácidos (ácido salicílico). São mais uniformes e podem ser usados de forma segura quando prescritos por dermatologista.
Enzimáticos: derivados de frutas (como papaína e bromelina). Têm ação mais leve e podem ser boas opções para peles sensíveis.
Como equilibrar:
O segredo está na moderação e personalização. Peles sensíveis, com rosácea, eczema ou em uso de retinoides devem evitar esfoliantes físicos e priorizar fórmulas calmantes e restauradoras da barreira, como ceramidas, pantenol e ácido hialurônico.A frequência ideal depende do tipo de pele e da rotina prescrita ,geralmente, 1 vez por semana é suficiente.
Conclusão:
A pele saudável é resultado de equilíbrio, não de agressão. Esfoliar com consciência é respeitar a biologia cutânea. Antes de incluir qualquer produto, procure orientação dermatológica: o cuidado certo traz resultados duradouros e sustentáveis.




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